1. Cada professor
anota individualmente conteúdos de Ciências Naturais que considera prioritários
no Ensino Fundamental.
Conteúdos
considerados prioritários no 2º ano:
Os
Recursos Naturais –
abordar para os alunos a importância do meio ambiente, enfatizando que os
mesmos são parte integrante deste e que sua atuação poderá acarretar várias
transformações positivas ou negativas; identificar a importância de todos os seres
vivos e não somente os que fazem parte do seu cotidiano, mas também aqueles de
realidades diferentes; trabalhar a água e o ar como agentes essenciais na vida
do ser humano e enfocar a relevância da não contaminação e preservação dos
mesmos.
Os
animais –
identificar para os alunos o habitat natural dos animais, a importância dos
mesmos e de que esses animais se alimentam, mostrando a urgência na preservação
de cada espécie e seu papel na cadeia alimentar e consequentemente no
equilíbrio do meio ambiente.
Saúde – abordar as transformações pelas
quais o ser humano passa (crescimento e desenvolvimento); a importância da
higiene e alimentação para a preservação da vida com qualidade.
2. Em pequenos grupos,
os professores fazem a leitura individual dos textos Os conteúdos de Ciências
Naturais no ensino Fundamental e blocos temáticos (p.41 a 44), anotando suas
dúvidas.
·Como
o professor deve fazer em seu planejamento para relacionar as disciplinas
científicas como Astronomia, Física e Química para crianças pequenas?
·Como
o professor pode trabalhar com temas aleatórios?
·Em
quanto tempo pode ser trabalhado um bloco temático?
3. Discussão coletiva e
anotação das dúvidas que permanecem para o grupo todo.
Dúvidas:
·Como
o professor deve fazer em seu planejamento para relacionar as disciplinas
científicas como Astronomia, Física e Química para crianças pequenas?
·Em
quanto tempo pode ser trabalhado um bloco temático?
4. Em pequenos grupos,
os professores debatem as seguintes questões: Qual é o papel das Ciências
Naturais na formação do nosso aluno? Em que medida o que estamos trabalhando é
coerente com esse papel?
Contribuir
para que o aluno possa avançar em seus conhecimentos sobre mundo, da relação
existente entre homem e natureza e seu papel como agente de transformação,
conhecer o ambiente que vive para desenvolver capacidades de entrelaçamento entre
as diferentes áreas do conhecimento partindo do seu meio para o todo, com o
auxílio imprescindível do professor no que diz respeito ao envolvimento das
crianças no processo de investigação elevando-os às novas descobertas. Na
medida em que a criança consegue fazer relação entre os conhecimentos
vivenciados no dia-a-dia, com os assuntos trabalhados em sala de aula,
despertando seu interesse em buscar respostas para suas indagações.
5. Leitura em pequenos
grupos: documento de Ciências – Ciências Naturais e Cidadania (p. 23 a 25) e
discussão dos objetivos gerais de Ciências Naturais para o Ensino Fundamental
(p. 39 e 40), reconhecendo-se entre os objetivos gerais: Aqueles que sempre
foram trabalhados na escola; Aqueles cujo planejamento anual não prevê tempo
para ser desenvolvido, embora conste no trabalho ou das preocupações dos
professores; Aqueles que a escola pode começar a trabalhar.
Os
objetivos que sempre são trabalhados na escola são aqueles que dizem respeito à
compreensão da natureza como um todo dinâmico por parte do aluno, pois ao fazer
parte e ser agente de transformações no mundo, o aluno precisa ser capaz de
formular questões, diagnosticar determinadas situações propondo resoluções para
cada problema da sua realidade, enfocando os conceitos, procedimentos e
atitudes que foram apreendidos na escola e que lhes servirão por toda a vida.
Os
objetivos cujo planejamento anual não prevê tempo para serem desenvolvidos são
aqueles que devem valorizar o trabalho em grupo, a integração dos alunos como
meio de desenvolver ações coletivas de aprendizagem, de respeito mútuo, de
senso crítico e de reflexão sobre a realidade na qual os mesmos estão
inseridos.
Já
os objetivos que a escola pode começar a trabalhar são os referentes à
compreensão de recursos tecnológicos como meios para suprir as necessidades
humanas, fazendo a distinção do uso correto e do uso prejudicial ao equilíbrio
da natureza e do homem, pois na maioria das vezes não é dada tanta ênfase nos
mesmos o quanto é necessário.
6. Cada grupo faz uma
síntese sobre a discussão, escrevendo de forma clara os objetivos de Ciências
Naturais que podem ser trabalhados com seus alunos para ser apresentado à
turma.
O
ensino de Ciências é pautado por vários objetivos que visam a aprendizagem do
aluno enquanto ser atuante da sociedade, contém os elementos teóricos e práticos que auxiliam
a assimilação dos conteúdos por parte do aluno, cabendo ao professor o papel de
subsidiar de maneira significativa esta aprendizagem. Nesta perspectiva é que,
conforme o PCN de Ciências para o Ensino Fundamental, os objetivos são
concebidos para que o aluno desenvolva competências que lhe permitam
compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando
conhecimentos de natureza científica e tecnológica. Sendo assim, o aluno: deve
compreender a natureza como um todo dinâmico, pois o ser humano é parte
integrante e agente de transformações do mundo o aluno precisa identificar as
relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e as
conseqüências nas condições de vida; deve compreender a evolução histórica;
deve ter condições de formular questões, diagnosticar situações e propor
soluções para problemas reais colocando em prática os conceitos, procedimentos
e atitudes desenvolvidos na escola e na vida; deve saber utilizar os conceitos
básicos associados à energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema,
equilíbrio e vida; deve ter competência para combinar leituras, observações,
experimentações e registros para coleta de dados, organização, comunicação e
discussão de fatos e informações; deve valorizar o trabalho em grupo; deve
compreender que a saúde é um bem do indivíduo e da sociedade; deve compreender
a tecnologia como um meio para suprir as necessidades humanas distinguindo usos
corretos e os usos prejudiciais ao equilíbrio da natureza e do homem.
Este texto discute a importância da formação docente inicial e continuada, que deve buscar não somente a formação profissional, mas também humana. Nestes novos tempos, a escola precisa estar atenta e atualizada para que possa acompanhar as rápidas mudanças que tem ocorrido na sociedade, atualizando seus métodos, práticas, conceitos e se adaptando ao uso das tecnologias.
O primeiro desafio da educação é a Superação do senso comum pedagógico. Para isso, é preciso que o professor tenha domínio de teorias científicas e de suas vinculações com as tecnologias e auxilie seus alunos na construção do conhecimento através de questionamentos e reflexão. Nesta nova perspectiva, o objetivo do Ensino de Ciências não está mais voltado para: a memorização de regras; classificações; repetição de definições; questões com respostas prontas; e uso indiscriminado e acrítico de fórmulas, tabelas e gráficos desarticulados dos fenômenos contemplados; experiências cujo único objetivo e a verificação da teoria, mas para o desenvolvimento de uma consciência crítica e do reconhecimento e aplicação da ciência no nosso dia a dia.
O segundo desafio proposto é a Ciência para todos, que tem o objetivo de pôr o saber científico ao alcance de todos, com a democratização do acesso à educação fundamental pública. Sendo assim, o professor deve atualizar sua prática educativa para que tenha competência para enfrentar essa nova realidade de uma sociedade globalizada, com novas formas de expressão, novas crenças e valores, novas expectativas e um novo contexto sociofamiliar.
O terceiro desafio é a Ciência e a Tecnologia como Cultura, onde o trabalho docente precisa ser direcionado para a apropriação crítica pelos alunos, de modo que se incorpore no universo das representações sociais e se constitua como cultura. Professor e aluno devem ter ma postura crítica em relação à Ciência e não precisam aceitar tudo que a Ciência dita como verdade absoluta e acabada. A ação docente deve buscar construir o entendimento de que o processo de produção de conhecimento constitui uma atividade humana sócio-historicamente determinada, submetida a pressões internas e externas que precisa ser apropriado e entendido.
O quarto desafio é Incorporar à prática docente e aos programas de ensino os Conhecimentos Contemporâneos em Ciência e Tecnologia relevantes para a formação cultural dos alunos. O professor precisa auxiliar seus alunos para enfrentarem os desafios que as novas tecnologias impõem e capacitarem para que possam ter acesso a estas novas ferramentas.
O quinto desafio é a Superação das Insuficiências do Livro Didático, que embora seja o principal instrumento do professor, tem suas deficiências e limitações. Para tal, o professor e os alunos devem fazer uso consciente e crítico do livro didático e de outras fontes de pesquisa como revistas, CD-ROM, DVD, programas educativos de televisão, jornais, internet, museus, laboratórios, exposições e feiras, dentre outros recursos paradidáticos, de forma planejada, sistemática e articulada a fim de melhorar o processo de ensino aprendizagem.
O sexto desafio é a Aproximação entre Pesquisa em Ensino de Ciências e Ensino de Ciências de tal forma que a qualidade das pesquisas sobre o Ensino de Ciências possa refletir de forma satisfatória na pratica docente, através da divulgação e debates dos resultados obtidos através das pesquisas.
DELIZOICOV, Demetrio (org.) Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2009.
No texto O que é ciência? Os autores Roden e Ward iniciam discutindo Porque a ciência é importante e ressaltam que a formação de cientistas não é o único motivo de se desenvolver o ensino de ciências na escola, pois a ciência e a tecnologia são essenciais para nossa qualidade de vida. Sendo assim, um sistema de educação deve abordar as necessidades do indivíduo e da sociedade. Cada país precisa ter sistemas educacionais que produzam não somente cientistas e tecnólogos qualificados e futuros pesquisadores, mas também indivíduos equilibrados, informados, cientificamente letrados, capazes de se adaptar as variedade de oportunidades e mudanças e que tenham habilidades comunicativas, prontos para enfrentar os desafios de nossa sociedade.
Como o texto explicita, muitas vezes há dificuldade de comunicação entre cientistas e a sociedade porque não compartilham o mesmo vocabulário. Com o avanço tecnológico, especialmente o uso por qualquer pessoa da internet podemos perceber claramente como este problema pode ser amenizado, pois através de sites de pesquisa podemos ter acesso a muitos estudos e temas que antes somente os cientistas tinham acesso. Os meios de comunicação modernos facilitam grandemente a democratização do conhecimento científico. Porem existem questões éticas que devem ser levantadas em relação à ciência, e para que possam ser discutidas, é preciso que a população tenha entendimento dos avanços da ciência, de suas vantagens e riscos e de como podem se utilizar de conhecimentos científicos para benefício da saúde humana.
A ciência é apresentada em dois aspectos que estão relacionados: um corpo de conhecimento e um modo de trabalho. Tanto um cientista quanto um aluno precisa utilizar métodos (científicos ou básicos) para aprender sobre o mundo. Segundo os autores, “um dos principais objetivos do ensino de ciências era desenvolver o entendimento dos alunos pelo uso de abordagens científicas” e salientam que as posturas dos cientistas devem envolver: curiosidade, respeito pelas evidências, disposição para tolerar a incerteza, criatividade e inventividade, mente aberta, reflexão crítica, cooperação, sensibilidade e perseverança. Os procedimentos científicos incluem a natureza da ciência, a coleta e análise de evidências e desenvolvimento de idéias científicas.
A Qualifications and Curriculum Authority (QCA) afirma que os professores devem proporcionar “atividades baseadas em experiências práticas que incentivem a exploração, observação, resolução de problemas, previsão, pensamento crítico, tomada de decisões e discussão.” Onde o objetivo é buscar a formação holística da criança. Todavia, é importante que a ciência não somente esteja presente no Ensino Fundamental, mas que seja de boa qualidade. As pesquisas mostram que alunos que tiveram experiências ruins na sala de aula com o ensino de ciências, não tem interesse no assunto posteriormente. Isso nos mostra como é importante a postura do professor diante de sua turma e como deve desenvolver sua aula com responsabilidade para que possa ser instrumento na preparação de futuros cientistas e pesquisadores.
Contudo, a ciência facilita o trabalho em grupo, pois através das atividades práticas, o grupo pode compartilhar idéias, aperfeiçoar seu vocabulário e cooperar entre si. Estas habilidades são extremamente importantes para a socialização, necessária para a construção de uma sociedade melhor. Para que os objetivos sejam alcançados, o professor precisa planejar suas ações, as investigações que podem ser feitas com seus alunos, os materiais e o tempo que serão necessários.
WARD, Helen (et al). Ensino de Ciências. 2 ed. Porto Alegre: ArtMed, 2010.
Dizer que o aluno é sujeito de sua aprendizagem significa afirmar que é dele o movimento de ressignificar o mundo, isto é, de construir explicações norteadas pelo conhecimento científico.
Ao professor cabe selecionar, organizar e problematizar conteúdos de modo a promover um avanço no desenvolvimento intelectual do aluno, na sua construção como ser social. (PCN's)
quinta-feira, 22 de abril de 2010
A Educação como meio de mudança em todos os setores da sociedade brasileira.
O blog do 5°período do curso de Pedagogia da UERN/Assú, com o fim de expor informações, trabalhos e discussões sobre o Ensino de Ciências, disciplina lecionada pelo nosso querido professor Aldecy. Um Blog único e inteligente, composto pelas alunas: Antonia Janicléia, Érica Patrícia, Hiléia, Maria Cleide, Maria de Fátima, Rosilene, Sellyanne, Valdenúzia e Veranilda, dedicadas e compromissadas com a Pedagogia, buscando desenvolver e inovar o fazer docente, inclusive na prática do Ensino de Ciências, no qual iremos conhecer a sua importância na Pedagogia.